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Mostrando postagens de agosto, 2015

Livros na estante

Sabe uma daquelas conversas longas com vendedores simpáticos pelo telefone? Aqueles vendedores que conseguem esgotar todos os recursos firmes e educados para dispensar os serviços que eles estão oferecendo até que a sua única resposta seja simplesmente "não" e você se segure para não complementar com "porque não"? Foi um desses vendedores que de tanto me perguntar o porquê e estrategicamente me tratar de modo aproximado fez com que eu pensasse (mais uma vez) sobre a vida e o quanto vivo num misto de ansiedade, esperança e há quem diga, calma.  Já havia dito que não tinha tempo para ler porque as coisas que eu tinha que ler me tomavam muito tempo, também falei que tempo me faltava nos finais de semana e que o serviço oferecido e todos os benefícios não me serviriam de nada porque eu simplesmente não conseguiria usufruir (não mencionei o fato de que R$ 2,90 é o preço do pão de queijo na lanchonete da faculdade e que gosto muito dele). Estava me justificando para

Um cheiro, um momento

Fui até a cozinha colocar na pia o prato no qual estavam as torradas com margarina e a caneca com cappuccino, olhei a janela e vi o que pareciam gotas d'água. Em um segundo abri a janela e o vento fresco tocou meu rosto trazendo o cheirinho de garoa. Comecei a gritar para a minha avó: "Vó, tá garoando! Sente esse cheiro, amo esse cheiro! Vou abrir mais a janela!" Quando dei por mim estava observando o asfalto molhado, as gotas que caíam próximas a luz do poste e quase chorando. Fiquei surpresa porque quase chorei, não sei se por um medo inconsciente de que isso nunca mais acontecesse, de saudade ou por um sentimento nostálgico porque de algum modo aquele cheiro me trazia a sensação de um momento feliz, talvez fosse tudo isso junto. Pode até parecer exagero (e talvez seja esta a razão pela qual me surpreendi), mas há momentos que superam a razão. Falamos tanto que devemos reparar as coisas boas da vida, mas às vezes nem nos damos conta de como essas coisas podem nos to

Um texto quase confuso sobre coisas e mudanças

Talvez você se lembre de um velho amigo cuja amizade já não é a mesma, embora o carinho continue. Sabe, sobre isso que estou pensando: o quanto  as pessoas mudam  (e nisto estamos inclusos).  Geralmente observo as pessoas ao meu redor, mas acontece que sou pessoa também. Às vezes vemos tantas coisas da vida nos outros que esquecemos de nos incluir naquilo que aprendemos, de pensarmos em nós como seres humanos. Nós, seres humanos capazes não só de observar aquilo que os outros seres humanos fazem, mas também de fazer as mesmas coisas, coisas como mudar.  Iniciei dizendo que as coisas mudam, mas agora me coloco como um ser que muda constantemente, afinal, sou pessoa também.  Desejamos que as coisas mudem para a melhor e ao mesmo tempo que outras permaneçam da mesma forma, talvez queiramos congelar o tempo, mas não há para onde fugir: as mudanças estão aí. E agora quero lembrar-lhe daquele amigo. Seu amigo de infância, de adolescência ou de qualquer outra fase da vida. Meus amigo