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Mostrando postagens de outubro, 2021

Chuva

O pequeno já dormiu. Apago as luzes, puxo as cortinas e percebo que está chovendo. Ah... Esse doce som. Como se não bastasse ouvi-la, afasto a cortina e abro a janela para poder sentir o cheiro: aquele cheiro úmido de chuva no asfalto, na terra... Vejo as gotas que caem perto das luzes na rua e aquelas que caem ao chão. Fecho a janela e puxo a cortina outra vez. Hoje o sono será embalado ao som da chuva: é como ganhar um presente.
Ultimamente a saudade não tem perdoado. Ultimamente, como se não bastasse as velhas saudades, ainda veio acompanhar uma saudade recente. Saudades de pessoas especiais. Saudades de detalhes que só aquelas pessoas proporcionaram... Às vezes o que sinto, apesar das perdas, é gratidão. Gratidão por coisas tão pequenas significarem tanto, por esses detalhes que doem, mas ao mesmo tempo fazem um carinho na memória que, desesperada, tenta guardar cada lembrança. Gratidão por ter conhecido e sido cativada por cada um que agora me dói estar longe. A vida é efêmera, mas o que fica para quem está aqui são as memórias, os sentimentos despertados, as vivências, as histórias contadas entre risos (e às vezes lágrimas e risos).  Cada dia é mais difícil ouvir O Anjo Mais Velho sem lembrar de alguém ou cantar Gostava Tanto de Você. Nunca em minhas releituras de O Pequeno Príncipe eu quis tanto chorar. Agora você deve estar se perguntando aonde quero chegar e, bem, eu não sei. Talvez essa seja mais uma t