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Mostrando postagens de julho, 2014

É sobre mudança

    Hoje acabei pensando mais uma vez que as coisas mudam e, sinceramente, essa história de que as coisas mudam não é novidade para ninguém. Mudam aos poucos ou de uma hora para a outra, às vezes as mudanças acontecem bem a nossa frente e quase não nos damos conta, até que dá um estalo e pensamos "ei, isto não era assim, não há um tempo atrás, como isso aconteceu?!". Às vezes nos assustamos. Eu me assusto. É, vou falar por mim.     Ter a sensação de que tudo mudou sem que eu percebesse me faz pensar se presto a devida atenção às coisas ao meu redor. O que houve com os planos? As pessoas causam mudanças e se adaptam à elas, por vezes somos pegos desprevenidos e, poxa, o que podemos fazer, mais uma vez, além de nos adaptar? Às vezes resistir. Nem sempre, às vezes. São momentos planejados que não acontecem ou acontecem de modo completamente diferente do que imaginamos, pode ser que com menos intensidade ou menos proximidade. Quem sabe?     A grande surpresa que é o futu

Na velha porta

    Era nosso dia, era quase nossa hora, era quase nosso lugar. Caminhei, observei as flores, as pessoas, algumas eu não conhecia, olhavam para os lados quando eu sorria (talvez estivessem pensando se aquele sorriso era mesmo para elas). Cheguei um pouco mais cedo, como era de costume, nos encontraríamos ali em frente a velha porta em um dos lugares mais lindos do parque (o que havia atrás da porta? Por favor, não me faça perguntas difíceis, era uma daquelas portas misteriosas que ninguém sabe o que esconde, como algumas pessoas tão fechadas quanto estas portas charmosas). Esperei cinco minutos. Finalmente não era apenas nosso dia, nosso lugar, mas também a nossa hora. Um, dois, três, quatro, mais cinco minutos e depois mais cinco, mais cinco, mais cinco e mais cinco. Cheguei mais perto e na velha porta havia um bilhete que dizia: Fui logo ali, volto já. Volto outro dia: no nosso dia, na nossa hora, no nosso lugar.  Isabela C. Santos