Doía-lhe a cabeça,
latejavam-lhe os olhos. Por mais que o dia não tivesse sido longo, por mais que
não tivesse enfrentado o trânsito, por mais que não tivesse posto os pés na rua
e tivesse permanecido em casa, estava com dor. Disseram-lhe que era de tanto pensar.
Será?
Seguiu o que sua mãe sempre dizia: "dorme que a dor de cabeça
passa". Na verdade tentou seguir, mas ficou pensando e o sono fugiu para
um lugar distante. Se o motivo da dor de cabeça não era de tanto pensar, esse
ficou sendo o motivo de sua permanência.
Isabela C. Santos
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