Pular para o conteúdo principal

É sobre mudança

    Hoje acabei pensando mais uma vez que as coisas mudam e, sinceramente, essa história de que as coisas mudam não é novidade para ninguém. Mudam aos poucos ou de uma hora para a outra, às vezes as mudanças acontecem bem a nossa frente e quase não nos damos conta, até que dá um estalo e pensamos "ei, isto não era assim, não há um tempo atrás, como isso aconteceu?!". Às vezes nos assustamos. Eu me assusto. É, vou falar por mim.

    Ter a sensação de que tudo mudou sem que eu percebesse me faz pensar se presto a devida atenção às coisas ao meu redor. O que houve com os planos? As pessoas causam mudanças e se adaptam à elas, por vezes somos pegos desprevenidos e, poxa, o que podemos fazer, mais uma vez, além de nos adaptar? Às vezes resistir. Nem sempre, às vezes. São momentos planejados que não acontecem ou acontecem de modo completamente diferente do que imaginamos, pode ser que com menos intensidade ou menos proximidade. Quem sabe?

    A grande surpresa que é o futuro! Fazemos nossos planos e apostas, mas nada sabemos. Fazemos o que temos a nosso alcance para construir o que idealizamos e conquistar o que desejamos pouco a pouco. Pode ser que as coisas fujam das nossas mãos e então, mais uma vez, teremos de lidar com as mudanças. Planejar é essencial, por mais que tenhamos que replanejar alguns pontos aqui e ali, lidar com algumas coisinhas que vem e vão ou que não se vão, mas esquecer que as coisas mudam é permitir que as coisas mudem sem que nos demos conta.

Isabela C. Santos

Comentários

Gugu Keller disse…
Nada é permanente, exceto a mudança.
GK
Testerrrr disse…
Jack London escreveu no livro "O Lobo do Mar" que o homem é tão inconstante quanto os ventos e as correntes marítimas. É como vc diz, seguimos planos e as vezes eles mudam. Precisamos estar preparados para nos adaptar ao novo percurso ou ajustamos as velas para seguirmos no plano original.

Postagens mais visitadas deste blog

Devoradora de livros

Refletindo e compartilhando minha paixão pela leitura com uma amiga, cheguei a conclusão de que os apaixonados por leitura são grandes curiosos . Sempre nos desviamos um pouco da leitura quando descobrimos um novo fato que pode ser a " grande revelação" da estória. Como disse a ela nessa conversa, uma estória acaba puxando a outra. Esperamos tanto para descobrir o que aconteceu, que muitas vezes ficamos insatisfeitos quando o descobrimos. Insatisfeitos por não ter sido como queríamos ou imaginávamos, insatisfeitos pelo fato daquele livro ter acabado, insatisfeitos porque somos tão curiosos que precisamos ler algo novo para poder ocupar o espaço daquela curiosidade com outra história. O mesmo acotece com a poesia, quando encontramos algo bonito não paramos de procurar mais e mais poemas. Ora, veja só, que curiosidade mais sadia e prazeirosa não é mesmo? Acho que seria muito mais eficaz se no lugar de gatos e suas sete vidas, oferecessemos um livro para aquela velha vizinha

Querido e amado Pantufa

    Meu querido e muito amado cachorro de estimação,    Por saber que você é  um raríssimo cão que sente imenso prazer pela leitura , decidi desabafar meus sentimentos em relação a um certo costume seu atráves desta carta.     O fato é que me entristeço ao vê-lo rosnar em frente ao pote de ração quando percebe que estou perto do mesmo. Me entristeço ao ver que você, meu lindo "au-au", pense que quero roubar teu alimento. Ora, acredite! Eu não quero e nunca vou querer tua ração!     Veja bem, sei que existem pessoas que "gostam" de ração canina mas você deveria saber que não sou uma delas. Você me conhece a tanto tempo, desde que eu tinha cinco anos, já fazem dez anos que somos "irmãos"!     Embora ambos gostemos de algumas mesmas coisas, como a minha cama e minha mãe, nosso gosto culinário é um tanto diferente: gosto de beber o suco da laranja e você adora ser presenteado com o bagaço; adoro o melão e você ama a casca do mesmo; gosto de to

Dia de chuva

    Quando eu era pequena, não entendia o porque das crianças ficarem tão tristes em dia de chuva nos filmes, elas ficavam dentro de casa, olhando a chuva cair através da janela e observando os pingos que molhavam o vidro, enquanto mantinham no rosto aquela expressão triste de quem queria algo e não pode ter. Nunca entendi o porque de tamanha tristeza porque eu sempre gostei de dia de chuva, ver os pingos cair através da janela para mim era quase uma terapia, mas nestes últimos tempos passei a fazer aquela mesma expressão das crianças nos filmes, antes mesmo de a chuva cair, e isso porque agora quando a chuva cai eu estou lá fora. Diante das experiências que venho tendo cheguei a conslusão de que: Agasalhos bonitos não são feitos para dia de chuva . Afinal, ele vai molhar, você vai ter que lavar e no dia seguinte quando você for sair de casa ele vai estar secando. Guarda-chuvas não são eficazes e apresentam uma série de riscos aos rostos alheios.  Quem nunca chegou em casa com as pe